Existem força que atuam sobre nossa vontade!
Foto de Johannes Plenio na Unsplash |
Por Jadir Mauro Galvão 13/09/2023
#carreira #profissão #transicaodecarreira
Muitos
acreditam que liberdade é a manifestação da própria vontade sem que ela seja obstruída
arbitrariamente. Mas será que nossa vontade é livre? Mais até do que isso, será
que nossa vontade é realmente nossa vontade?
Arthur Schopenhauer,
em seu livro O mundo como vontade e representação, nos mostra que não somos nós
que temos nossa vontade, mas a Vontade é que nos tem. Só seremos realmente
livres se não cedermos aos caprichos da vontade, vivendo uma vida ascética.
Uau! Isso muda
totalmente a ideia que temos ordinariamente de vontade. Mas não é de Schopenhauer
que vamos falar precisamente. Mas de forças que atuam sobre a nossa vontade e
que nem nos damos conta disso. Forças que por vezes nos jogam de um lado para
outro ou mesmo nos mantém paralisados.
Todos nós
somos afetados pelo efeito de uma força que nos impele ao novo, à surpresa, ao
desconhecido. Explorar a novidade e apenas experimentar o que ela nos reserva
parece ser fascinante!
É essa força
que nos move para a inovação, para a criatividade, que nos coloca diante do
desconhecido. Mas também é essa força que, por vezes, nos coloca em enrascadas.
Se damos muita corda para essa força, confiando cegamente, ela pode nos colocar
em situações de perigo.
Quando isso
acontece, dentro de nós é acionada outra dessas forças: o medo. Nada contra o
medo em sí, que é uma resposta natural aos perigos que a vida nos oferece. Mas
essas duas forças podem entrar em conflito e uma delas se sobressair em
detrimento da outra.
Esse medo pode
agir em nós de duas formas diferentes. Uma é nos mover numa direção de recuo
para a segurança, outra é a do desvio para longe do eventual perigo.
Acontece que
tanto um movimento quanto o outro tem seu lado negativo. A segurança nos mantém
presos ao que nos mantém seguros. Se quisermos largar o que nos mantém seguros
iremos encarar o medo novamente. E cá entre nós, ainda não somos experts em
lidar com ele.
Desviar do
perigo parece atenuar a sensação de medo, mas não o elimina. Pior do que isso,
para ter a certeza de que estamos a uma distância apropriada do perigo é
preciso tê-lo ao alcance da vista. Só para ter certeza de que esse mesmo perigo
não nos vai surpreender novamente mais adiante. Nesse caso o desvio não nos
afasta definitivamente nem do perigo nem do medo.
Claro que
existem ferramentas e técnicas bastante eficazes de lidar com o medo, mas não é
disso que queremos tratar nessa abordagem, mas sim o fato de que ao menos três
forças atuam sobre nossa vontade. Uma que nos impulsiona para frente, outra
para trás e mais uma que nos desvia.
Se uma dessas
forças se mostra mais eficaz em determinados momentos, acabamos por apostar
mais nela do que na outra e corremos o risco de ela se transformar em hábito.
No processo de
transição de carreira esse jogo de forças está sempre presente. Ora nos
empurrando numa direção, que nem mesmo sabemos se é a melhor. Ora, nos
segurando ou nos aprisionando no conhecido. Ou nos desviando e nos afastando
daquilo que mais queremos.
Mas é aqui que
a coisa fica interessante. Não somos ordinariamente reféns dessas forças. São
nossas forças e podemos exercer nosso controle e domínio sobre elas. Ao mesmo
tempo não permitir que elas nos dominem. Aqui é preciso um ato de verdadeira
liberdade. Controlar nossas forças e não ser controlados por elas.
É justamente o
domínio dessas forças que nos oferece a real liberdade. A autoridade sobre
nossos desejos, nossas vontades e nossos medos.
Cedo ou tarde
precisaremos falar sobre os medos falsos, mas isso é tema para outro
momento e eu convido você a essa reflexão.
Estar no
comando dessas forças não as elimina, tampouco elimina os perigos, nem os
medos. Mas nos faz exercer nossa humanidade. Os animais respondem instintiva e
irrefletidamente, numa palavra, imediatamente ao medo. Correm, empreendem fuga
ou enfrentam.
Mas nós temos
a possibilidade de mediar essas forças e fazê-las trabalhar ao nosso favor e
não empreender fuga covarde ou entrar num conflito temerário.
Mas para tal
precisaremos ter conhecimentos, estratégias, métodos, ferramentas e técnicas
para isso.
É um bom tanto
disso que você encontra no processo de mentoria de transição de carreira que
oferecemos.
Quer
desenvolver isso?
Vamos pensar isso juntos?
Me
acompanhe em meus blogs, podcasts, canal do youtube e em outras redes sociais.
Ou entre em
contato diretamente comigo.
Deixe seu
like e seu comentário e até a próxima reflexão.
Artigo
retirado do Blog: http://filosofianasempresas.blogspot.com/
Jadir Mauro Galvão é Filósofo, mestre em filosofia pela PUC-SP, Master
Practitioner em PNL - Programação Neurolinguistica; Professor universitário e
de pós graduação; atuou por mais de 35 anos no mundo corporativo em empresas
nacionais e internacionais. Ministra cursos de desenvolvimento pessoal;
coordena grupo de pesquisa em PNL. É escritor e palestrante, podcaster,
youtuber, bloguer e mentora pessoas na sua transição de carreira.
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