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Mostrando postagens de dezembro, 2008

Cada um tem sua verdade?

Cada um tem sua VERDADE? Esta é uma pergunta tão antiga quanto polêmica. Hoje em dia, ainda muitas pessoas pensam que cada um tem a SUA verdade, o que nos remete a um relativismo ou subjetivismo que eu diria, no mínimo comprometedor, embora comum. Os tempos de ditadura militar foram duros, mas uma de suas heranças foi a falta da vontade do debate, a falta de um posicionamento, até porque se posicionar em tempos de ditadura era muitíssimo arriscado. A falta de vontade de promover um debate de idéias, onde o que se debate são as idéias e não os debatedores. Onde não temos vencedores nem vencidos, mas uma oportunidade de aprendizado mútuo. Onde eu não precise mudar minha posição, nem pretenda convencer o outro de que eu estou certo, mas aproveitar a oportunidade para aclarar quais são os pontos que fundamentam a minha opinião e quais conseqüências minha opinião pode gerar. Conseqüências que já posso ter pensado ou conseqüências que só vou pensar a partir da oportunidade do debate. Robert

Trabalhar para quê?

Grande parte do mercado de trabalho hoje em dia, ou pelo menos os postos mais bem remunerados estão situados em atividades de cunho financeiro. Bancos, financeiras, cartões de crédito, seguros etc. E uma outra grande sorte de empresas de consultoria que giram ao redor deste mercado. Entretanto, precisamos ter claro que dinheiro é meio e não fim! Meio de se conseguir o que se quer. Sendo este “o que se quer”, algo de efetivo valor, onde o dinheiro cumpre função de meio para obtê-lo. Ocorre que em muitos casos transformamos a obtenção do dinheiro em um fim em sí. E buscamos de forma desmedida obtê-lo a qualquer custo. Somos, com isso absorvidos por um redemoinho que nos rouba a paz e agride nossos valores de maior importância em prol do dinheiro, pelo dinheiro, para o dinheiro sem que para tal, tenhamos algo em vista que, de fato, tenha real valor. É comum vermos minadas nossas energias quando, ao acordar de manhã nosso cérebro conspira para que voltemos ao aconchego de nossa cama pois e

Eu fiz minha parte!

Grande parte daquilo que nos parece óbvio hoje, foi objeto de discussões filosóficas seculares. Poucos sabem disso, mas dois séculos de discussão foram precisos para que hoje nos apresentassem um objeto qualquer e de pronto perguntássemos: “Para que isso serve?” Esta é a evidência da vitória de uma doutrina filosófica chamada “Utilitarismo”. Doutrina filosófica que apregoava que bom e ético é tudo aquilo que é útil. (Mas ética é isso?!?) Outra expressão ainda é corrente: “Eu fiz a minha parte!”. Karl Marx, há mais de um século nos alertava para as dificuldades da divisão do trabalho. De que adiantaria o produto do trabalho de um artesão especialista em fivelas se não fossem feitos os cintos ou bolsas? Há, com a divisão do trabalho, uma desvinculação natural do trabalho individual, com seu produto final. Cada pessoa somente se vê comprometida, responsável, com a “sua” tarefa, perdendo a dimensão do todo. Grandes organizações necessitam repartir tarefas pois uma única pessoa não conseg