O homem: quem é ele?
Ao pensarmos sobre o homem, quem é ele e o que o distingue de outros
entes do mundo, nos vemos lançados a defini-lo por questões diversas. É
preciso, porém, perceber que não estamos isentos de acrescentar em nossa
definição uma boa quantidade de influências religiosas, culturais e de
correntes filosóficas que nos influenciaram sem que tenhamos consciência disso.
Grande ainda é o esforço de esboçar uma definição convincente, mais longe ainda
estamos de uma que seja definitiva. Podemos, contudo, afirmar com mais
confiança que alguns elementos dispõem de mais consenso. O fato de termos
acesso a graus de pensamento abstrato
é um deles e este nos remete naturalmente a uma linguagem simbólica. Todos os outros entes, de um modo ou de outro,
se comunicam. Não apenas os animais entre os membros de sua própria espécie,
mas até fora dela. Ou você acredita que uma gazela não reconhece, de pronto, a
comunicação de uma leoa quando esta empreende o ataque eriçando seus pelos e
arreganhando unhas e dentes? Seria admissível que esta gazela parasse por um
momento para perguntar à leoa qual o significado destes sinais?!
Não é prerrogativa humana viver em sociedade, mas viver em sociedade
complexa, onde exercemos papeis, temos status diversos, mobilidade social,
educação, cultura, é ímpar e nada similar encontramos em qualquer outra
espécie. É também comum vermos determinadas espécies de animas modificando seu
ambiente, mas estas modificações ocorrem, ao que parece, de modo instintivo, ao passo que no homem estas
modificações tem um propósito, uma
finalidade deliberada e ainda mais por uma conduta
livre, enquanto para os animais é uma atitude necessária à sua
sobrevivência. Outro aspecto de bastante relevância é que, ao que parece,
somente o homem é capaz de uma atitude
estética perante a vida. O homem busca, quando liberado de suas
necessidades mais imediatas, o deleite, a fruição a busca por algo que é belo,
pelo belo em si, sem interesse posterior, sem se interessar por alguma
utilidade outra que não ela mesma. Enfim, é justo posicionar o homem em lugar de
destaque ante outros entes da natureza.
Contudo não é possível fazer vista grossa para o fato de que em algumas
oportunidades ele demonstra certos vestígios de animalidade e em outras, coisa
ainda pior, quando apenas por certo deleite se compraz em torturar e humilhar
outros homens ou animais. Ou então algumas atitudes observadas nos pontos de
ônibus nas estações de metrô ou de trem. Pessoas agindo como gado, num perfeito
estouro de manada. Ou até uma ganância pela maior fatia do mercado que pode ser
comparada a luta de animais carniceiros pelos restos de uma carcaça em
decomposição. No trânsito uma competição desenfreada pelo território do outro,
numa competitividade sem medida e sem sentido. Uma postura no ambiente de
trabalho onde todo o tempo se defende numa espécie de luta pela sobrevivência.
Muitas dessas condutas podem emergir apenas por hábito,
de modo irrefletido e visamos alertar que essa animalidade emerge em nossas
ações de quando em vez, mas que demonstra alguns traços profundos do ser humano
que merecem uma maior reflexão. Convidamos ao leitor buscar o real propósito
desse tipo de ação de modo a avaliar se
ele ainda faz sentido. Não avaliar a ação do outro, mas checar em nossa própria
conduta se não existem traços instintivos que necessitariam algum tipo de
reposicionamento. Talvez o traço que nos torne mais humano seja a possibilidade
de evoluir consciente e deliberadamente.
OLÁ PROFESSOR, ACHEI SEU TRABALHO MARAVILHOSO. BEM, IREI LER MAIS AMANHÃ...SÔNIA T7-UNIP.
ResponderExcluirOla professor , achei seu trabalho muito bom , me ajudou fazer o meu texto vlw tah ...
ResponderExcluirnananão! quero direitos autorais rsrsrs
ExcluirExecelente o texto e a abordagem. Nos perdemos sempre observando mais o outro, responsabilizando contextos, ficando sempre isentos de maiores reflexões pessoais. o homem se esquece que tem livre arbítrio, as escolhas, são sempre dele....
ResponderExcluirParabéns Jadir