O que é realmente Transição de Carreira?

 Por Jadir Mauro Galvão



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Muitos pensam que transição de carreira é efetuar uma mudança mais radical como mudar de profissão, virar consultor autônomo ou empreender. Mas a verdade é que transição pode ir desde um pequeno ajuste até uma mudança maior e mais sensível. São todas as mudanças e mesmo as não mudanças que fazemos em nossa carreira. Mudar de posto, de emprego, de profissão, empreender, lecionar, mentorar quem precisa...

Mas vamos começar pelo mais básico. Profissão e carreira são coisas diferentes. Uma carreira pode ter mais de uma profissão e até mais de um negócio. Quando se diz que fulano seguiu a carreira de administrador, queremos dizer que, por toda sua carreira, ele permaneceu na mesma profissão. Mas essa regra não é imutável. A sociedade nos cobra isso num momento da vida que não temos conhecimento, discernimento, nem experiência suficiente para fazer a melhor das escolhas. Seria até injusto ficarmos “presos” a escolhas feitas desse modo. Embora eu mesmo conheça muita gente que faz isso.

Mas, admitindo que nossa escolha foi boa e que tivemos uma boa formação, vamos agora para um primeiro passo. A esse primeiro passo chamamos de “estágio”. Temos algum conhecimento teórico ou mesmo básico e ao longo do estágio vamos adquirindo experiência prática produtiva. Pode ser que muitos dos conhecimentos teóricos nem sejam realmente utilizados, mas outros serão colocados à prova.

Na medida em que vamos acumulando mais e mais experiência e resultados positivos, acabamos por não caber mais dentro de um estágio. É hora de galgar uma posição mais estável e menos temporária. Essa já é uma transição. Leve, dentro da mesma profissão, mas sensível. Com ela adquirimos ao mesmo tempo mais confiança e, ao mesmo tempo, responsabilidades. Nos serão entregues tarefas mais críticas onde um erro pode acarretar problemas, danos ou prejuízos,

Após isso, vamos ganhando certa “senioridade”. Nesses momentos podemos nos propor voos mais altos, responsabilidades maiores que nem sempre cabem naquela posição que estamos. Caso não venha o reconhecimento e valorização de fora, teremos de apostar em novas posições. Mais compatíveis com nosso grau de maturidade. Aqui mais uma transição um pouco mais sensível.

Na medida em que vamos ganhando mais experiência podemos almejar novas posições já existentes ou mesmo inaugurar outras que ainda não foram pensadas ou exploradas. Cada pequena ou grande mudança é uma transição de carreira.

O problema aqui é que mesmo uma pequena mudança pode acarretar consequências difíceis de prever sozinho. Visto desse modo, mesmo não mudar nada pode ser considerada uma transição de carreira, boa ou ruim. Muitas são as vezes que a carreira nos cobra uma mudança, mas resistimos a ela. Já vi muitos arrependimentos por conta disso.

Um bom termômetro disso é quando nossos aprendizados escasseiam. Cada aprendizado nos coloca um patamar mais acima de experiência e maturidade ao mesmo tempo em que nos motiva e gera mais interesse. Quando o aprendizado custa a chegar é hora de mudar alguma coisa. Sob o risco de se reduzir nossa motivação ou interesse.  

Eu que já efetuei muitas transições em minha carreira, desde as mais suaves até as mais radicais. Somado à oportunidade que tive de orientar outras tantas pessoas em suas transições, pude colecionar um considerável número de acertos e mesmo de erros. Mas o mais importante não foi a coleção de erros e acertos, mas ter compreendido que existem erros comuns, fáceis de se evitar. Chaves de percepção que nos permitem ver com mais clareza o processo como um todo. Segredos, atalhos e mesmo ciladas. Dicas valiosas e mesmo um timing que precisa ser ajustado.

Estes e outros segredos eu conto para meus mentorados de transição de carreira. São dicas valiosas e que nos poupam de dissabores dispensáveis. Frutos de nosso apego ou mesmo teimosia.

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