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Mostrando postagens de 2013

Competição e cooperação

(Por Jadir Mauro Galvão) O mundo corporativo em geral trabalha no paradigma da competição . Empresas competindo umas com as outras pela liderança do mercado. Equipes competindo entre si pelo reconhecimento da empresa e colaboradores competindo por um tapinha nas costas ou uma eventual promoção. Existe uma crença de que a competição fomenta o progresso de todos. De fato, muitas pessoas vão em busca de se especializar e, com isso, estar preparado para competir em melhores condições caso apareça uma vaga atraente em outra empresa, ou uma promoção na mesma. Contudo, na prática, não é esse o efeito que vemos se instaurar. É da natureza da competição que poucos ganhem e a maioria perca. Também é comum que os perdedores se virem todos contra quem venceu, no intuito de superá-lo. Outra regra básica é a de que é muito mais fácil fazer com que todos percam se um ou outro não se sentir com possibilidades de vitória. Com frequencia vemos pessoas torcendo para que o projeto de errado e apenas

Sustentabilidade como (re) posicionamento estratégico.

(Por: Jadir Mauro Galvão) A Gestão Ambiental (GA) vem ganhando, com o tempo e com a maturação de suas idéias, um espaço crescente no mundo empresarial. Se o aumento da consciência ambiental ou a escassez de recursos naturais ainda não tem a capacidade de mobilizar ações realmente sustentáveis, eventuais multas legais podem oferecer o empurrãozinho necessário. Se, ainda resistentes, os gestores e empresários ainda buscam pesar se os custos com investimentos nessa área não serão mais elevados do que eventuais ônus com multas legais, vai aí mais um incentivo para fazer coro nos discursos de sustentabilidade. A chamada “Ecoeficiência”, já rendeu inesperados e surpreendentes bons números a gestores que se anteciparam e aderiram espontaneamente a causa. Aquilo que se anunciava como aumento necessário de custos, acabou por se transformar, mais do que apenas redução de custos oferecidos por uma produção mais eficiente, em ganho competitivo , na medida em que se pode transferir para os

Cultura empresarial e sentido

Em algumas empresas é habitual trabalhar até bem além do horário comercial tradicional. Virou parte da cultura da empresa. Para o recém contratado desatento até passa sair no horário estabelecido contratualmente, mas depois de algum tempo, quando este assume integralmente suas atividades e as responsabilidades inerentes a elas, sair no horário pode parecer displicência ou falta de compromisso. Cheguei mesmo a ver casos de pessoas “trabalhando” em madrugadas e finais de semana, sem uma justificativa plausível para isso. E essa não é uma prática esporádica, mas contumaz. Por vezes, nos esbarros do cafezinho percebia-se certa “disputa” velada de quem fez mais horas ou aquela disfarçada reclamação de estar cansado, apenas para comentar o fato de ter trabalhado no domingo ou na madrugada anterior. Para muitos, isso se transformava em pretexto para chegar um pouco mais tarde e alongar a soneca matinal sem que isso pesasse na consciência. Noutras, diferente disso, a regra era cumprir o ho

Decisões e escolhas

Decisões são muito diferentes de escolhas . Enquanto as escolhas levam em consideração o presente onde se está e o futuro que as escolhas podem proporcionar, as decisões nos remetem a um presente restrito que temos de abandonar e a uma possível reedição ou não do passado . Por isso, as decisões são tão doloridas, exatamente pelo apego ao que já temos e não queremos perder. Nas escolhas, o presente e o passado também estão implicados, embora não sejam o mais importante e pouco interfiram em qual escolha será feita, mas, em geral, numa decisão nos restringimos a uns poucos pontos do passado e outros poucos do presente. Que pontos são esses? São os que se assemelham ou não às situações passadas ou àquilo que teremos ou não de abandonar no presente. Se essas alternativas se apresentam com certa similaridade com algum fato de nosso passado que consideramos ruins, essa alternativa terá bem menores chances de ser a escolhida. Se, por outro lado, as alternativas figuram com maior semelha

Em busca de parceiros!

Ao longo de trinta e cinco anos atuando em empresas nacionais e transnacionais, percebi que determinadas dificuldades eram recorrentes independente do porte ou da cultura de origem da empresa. Eram dificuldades emocionais, de liderança, tomada de decisão, conflitos internos e outros tantos. Isso me levou primeiro ao estudo da PNL (Programação neurolinguistica), e depois da filosofia e da sociologia. Comecei, por volta de 2008 a escrever o que, após tanto estudo e empenho, acreditava ser a solução para inúmeros desses problemas. Criei o blog “Filosofia nas empresas”, e quando dei por mim já tinha uma grande quantidade de leitores vindos tanto do Brasil quanto de outras tantas partes do mundo. Nas tantas entrevistas e discussões sobre os temas abordados no blog, percebi o quanto as soluções propostas eram realmente pertinentes e redentoras para muitos. Agora, no momento em que os textos do blog estão virando livro a ser lançado em breve por uma editora de tradição surge a oportunid

Entrevista para o programa A hora do coaching parte 2

http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=pesquisa-em-pnl-04028C18346CE0914326

Entrevista para o programa a Hora do Coaching

http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=filosofia-nas-empresas-04024E9C336CE0914326

Produção, especulação e livre iniciativa.

É sabido que tem mais chances de ganhar um bom dinheiro, quem já tem um bom dinheiro. Está em melhores condições de negociação, tem maior poder de compra e de barganha, não tem pressa na venda e pode aguardar o momento ideal para o melhor negócio. Com isso, este que ocupa as camadas superiores de uma hierarquia social de conformação piramidal, arrasta para o topo certa quantidade de recursos que ora estavam mais abaixo circulando nas camadas inferiores. Se essa lógica esta correta é de se esperar que todo recurso que temporariamente circula pelas camadas mais próximas da base piramidal trilhem através de fluxos contínuos unidirecionais o caminho do topo e só fiquem circulando nas camadas inferiores, certo excedente desnecessário que poderá ser apropriado ou não de acordo com a vontade dos de cima.   Investimentos de setores produtivos injetam parte destes recursos do topo em novos projetos de negócio e com isso colocam certa quantidade de capital novamente em circulação. Assim, tan

Sistema capitalista

Há algum tempo venho pensando sobre como será o mundo pós-capitalismo. Muito se comemorou a queda do muro de Berlim. Fato emblemático que permitiu a reunião de pessoas que se mantinham separadas por muros dentro de uma mesma cidade, falando o mesmo idioma, rezando o mesmo credo, mas separadas por ideologias diferentes. As segregações raciais ainda existentes ao redor do mundo parecem também se dissolver pouco a pouco. África do Sul, Iraque, a antiga Iugoslávia... os muros estão sendo derrubados ainda que timidamente. As recentes rebeliões, aparentemente buscando liberdade no oriente médio vêm oferecendo novos contornos ao mundo. Por outro lado, o fim da Guerra fria, também fez acabar com a ajuda mútua entre os países capitalistas. Nós, países em desenvolvimento ganhamos e perdemos com isso. Ganhamos o fim das ditaduras militares, historicamente financiadas pelos países ricos que temiam que o “comunismo” se alastrasse para além da Cortina de ferro enamoradas dos antigos regimes populi